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- O Clube das 5 da Manhã - Robin Sharma
Cinco Motivos para entrar para o Clube das 5 da Manhã (e um motivo para não ler) O “O Clube das 5 da Manhã” é um best-seller do autor canadense Robin Sharma, com mais de 15 milhões de cópias vendidas. Vale a pena entrar para o Clube? Sem dúvida. Não precisa bitolar e seguir tudo tão à risca, mas os benefícios de acordar cedo e ter um ritual matinal são super claros. 1 - Autodisciplina: É difícil no início, mas com o tempo e um pouquinho de esforço, acordar às 5 da manhã vira um hábito - e a disciplina e a força de vontade vão “contaminando” outras partes da vida. 2 - Menos distrações: Porque 5 da manhã? Porque a chance de você ser interrompido é menor. Obviamente, não adianta acordar e ficar na cama viajando nas redes sociais. Se for difícil se controlar sozinho, vai lá em configurações e bloqueia esses apps em alguns horários. 3 - Atividade Física: Fazer exercício logo cedo ajuda a liberar endorfina (o que melhora a disposição para o resto do dia) e reduzir o nível de cortisol no organismo (o que reduz o nível de estresse e irritabilidade). 4 - Investir em você: Aquele livro que você não consegue achar tempo pra ler, a aula do curso on-line que você comprou e não viu nem dez minutos, qualquer coisa que te faça crescer: essa é a melhor hora do dia para você fazer essas coisas que acabam sen procrastinadas porque não são uma “reunião urgente”. Coloca na agenda e usa 20 minutinhos do dia pra isso, logo cedo. 5 - Mentalidade Positiva: Meditar ou escrever logo de manhã (incluindo alguns bullet points com o planejamento do dia) ajuda a organizar a mente, ter mais foco, e a começar a o dia de forma mais positiva. Pode incluir aqui exercícios de gratidão ou visualização também. Mal não vai fazer! Mas então porquê não ler? O livro é escrito em um formato de fábula, contando a história de duas pessoas (que obviamente se apaixonam), que se conhecem na palestra de um “Orador Fascinante” (spellbinder em inglês), passa por golfinhos saltitantes nas Ilhas Maurício, viagens de helicóptero, uma visita ao Taj Mahal, e até uma festa de casamento que o bilionário dá de presente ao casal (com os convidados chegando de jatinho, claro). Sem falar no “desenrolar da grandeza primal” e na “sabedoria flagrante arraigada profundamente no meu coração”. Enfim, tem gente que adora. Pra mim, foi um pouquinho além da conta. Link: https://amzn.to/3QFqQ0L
- Meu Caminho até a Cadeira Número 1 - Rachel Maia
A primeira vez que vi a Rachel Maia foi na capa da Forbes em 2019. Lembro das palavras: “SIM, É POSSÍVEL”, assim mesmo, todas em maiúsculas, logo abaixo da foto daquela mulher forte e autoconfiante. Na hora, me passou um filme de diversas mulheres líderes, poderosas, com quem trabalhei ao longo de tantos anos de carreira. O quanto elas foram importantes para mim: como exemplo, como referência, como mulheres que me fizeram acreditar que “sim, é possível”. Todas elas, brancas (como eu). Impossível não refletir sobre como a Rachel pode ser o exemplo para as outras mulheres, as negras, que se vêem ainda menos representadas nas lideranças. Mas tem muita (muita) gente muito (muito!) mais qualificada do que eu para falar sobre isso. Então, em vez de falar das “diferenças”, vou falar sobre as semelhanças. Nesse livro, “Meu caminho até a cadeira número 1”, a Rachel fala sobre a importância da família na construção de quem ela se tornou. Do pai que levava e buscava na balada, da mãe que cozinhava para quantos mais coubessem na mesa. Da referência de valores que eles deram para ela e seus irmãos, da importância da educação. Ela fala da paixão que tem por varejo e por experiência do consumidor. Da aversão à fofoca e à inveja que tantas vezes encontramos no mundo corporativo. Fala sobre ter a régua alta, sobre ser exigente consigo mesma e sobre esperar excelência das pessoas. Ela fala também sobre correr riscos: “Não vou a lugar algum se me mantiver na zona segura, fazendo o que sempre foi feito.”. E sobre a importância da comunicação: “Tudo que é escuso, que não é claro, acaba deixando os funcionários inseguros e com uma sensação de que algo errado está acontecendo.” Fala sobre negócios: “O que deu certo para uma marca ou determinado lançamento dificilmente vai ser repetir se for reproduzido da mesma maneira em outro momento ou empresa.” E fala sobre equilíbrio: “Boas ideias vem de momentos de descanso. Não conseguiria ter uma vida feliz e uma visão leve das coisas sem esse equilíbrio da balança.” E no fim, a Rachel fala que um dos seus maiores sonhos é que esse livro se torne obsoleto. Que um dia, as CEOs, executivas, e presidentes das empresas sejam mulheres, negras, que chegaram lá. É importante falar sobre as diferenças. Sobre as dificuldades que infelizmente ainda são muito maiores em função de etnia ou de gênero. Mas acho muito importante também enxergarmos as semelhanças… E exemplos como a Rachel ajudam a mostrar que acima de qualquer coisa, com talento e paixão, SIM, É POSSÍVEL. PS: A linguagem do livro é leve, fácil, parece um bate-papo entre amigas com uma garrafa de vinho. Vale muito a leitura. Link: https://amzn.to/3UlTrcu
- Little Black Stretchy Pants - Chip Wilson
Já perdi a conta de quantas vezes recomendei a leitura de “Little Black Stretchy Pants”, a auto-biografia do Chip Wilson - curiosamente, não autorizada pela empresa Lululemon, que ele mesmo fundou. Uma verdadeira aula de empreendedorismo, com lições que vão desde posicionamento de marca até a criação de uma cadeia de varejo verticalizada e processo de IPO, essa é uma leitura obrigatória para founders e gestores de marcas e empresas de varejo. Cheio de frases fortes como “A média está tão perto do fundo quanto do topo”, ou “A mediocridade é inevitável quando não há um tomador de decisão final para gerenciar as prioridades”, você logo percebe o quanto a visão e a personalidade dele, como fundador, influenciou a cultura da empresa, muito orientada a metas e resultados e com um padrão altíssimo de qualidade. No início do livro, Chip Wilson conta suas experiências pessoais e de empreendedorismo no surf, skate e snowboard. São capítulos um pouco cansativos, mas valem para entender como os erros e as lições que ele aprendeu nos empreendimentos anteriores foram importantes para a criação da Lululemon. Muito do foco do livro são as lições sobre como gerir um negócio de varejo verticalizado, do controle total da cadeia (por exemplo, para não precisar sucumbir à pressão de preço de atacadistas) até a excelência na experiência oferecida aos clientes (que inclui até alfaiataria na loja para fazer a bainha das calças). Falando em “experiência do cliente”: muito antes disso e de “comunidade” virarem buzzwords, a Lululemon já entendia esse conceito, e trazia para suas lojas aulas de Yoga para criar esse vínculo com seu público-alvo - que, aliás, ele tinha definido com uma precisão e foco que poucas marcas têm. As “Super Girls" eram mulheres que ganhavam bem, se dedicavam à saúde, praticando exercícios e alimentação saudável, e - tendo filhos mais tarde, tinham renda disponível para gastar com produtos de alta qualidade e funcionalidade. Funcionalidade, aliás, sempre foi um dos grandes diferenciais da marca. As designers ficavam nas lojas, observando e conversando com clientes para entender como melhorar o produto. Quando desenvolveram uma linha de tops esportivos, fizeram um estudo com uma universidade sobre movimento dos seios durante a prática das esportes. Essa combinação de funcionalidade, qualidade e design, junto com um posicionamento claro, possibilitou que a marca cobrasse preços muito acima dos praticados na categoria. Tem ainda uma seção inteira do livro dedicada ao IPO - desde o processo com o fundo de Private Equity até a gestão da empresa uma vez que ela estava nas mãos dos novos executivos - e todos os atritos e armadilhas que vieram com as diferentes visões e interesses. Segundo Chip Wilson, a nova liderança pensava sempre no "jeito de ter uma boa aparência para maximizar os ganhos de curto prazo”. Alguém já viu isso antes? O livro traz mais uma série de fatos sobre a construção da marca e da cultura da empresa - incluindo os momentos de crises de PR depois de algumas das suas declarações polêmicas. Como toda história tem mais de uma versão, vale pelo menos ler o que ele conta pra formar uma opinião. Pessoalmente, vejo diversas qualidades na personalidade e no estilo de gestão que ele conta ter; se é tudo verdade, não sei. E mesmo sendo, se compensam o lado negativo de seu estilo, também não sei dizer. Um cuidado final pra quem for ler: ao longo do livro, ele recomenda pelo menos outras dez leituras de diferentes assuntos, como “Tipping Point”, do Malcom Gladwell, e “Good to Great”, do Jim Collins, dando só o teaser do conteúdo. Obviamente, comprei vários. Link: https://amzn.to/3Ux1qVe
- Mãe, por que você trabalha? - Dani Junco
Quando você chega na Casa B2MAMY, logo vê na parede a frase: “Nunca subestime uma mulher que deseja ser exemplo para seu filho.” Esse é o mote da Dani Junco, fundadora da B2MAMY e autora do livro “Mãe, por que você trabalha?”, lançado em 2023. No livro, a Dani conta um pouco da sua experiência acompanhando mães e mulheres na B2MAMY, uma aceleradora criada para impactar negócios de mulheres em transição de carreira após a maternidade. De hub de inovação family-friendly, a B2MAMY foi crescendo e se tornou uma comunidade de mães empreendedoras - e a Dani, uma referência no assunto. Em uma linguagem simples a acessível, a Dani fala sobre tipos de empreendedores, como descobrir seu propósito, e diferentes modelos de negócio, além de explicar conceitos como jobs-to-be-done, organizações LEAN, MVP, product-market fit, OKRs, etc. Recomendo esse livro para todas as mães que pensam em tirar o sonho de empreender do papel, seja porque foram demitidas durante ou depois da licença, ou porque simplesmente não cabem mais naquilo que faziam antes da maternidade. Eu cheguei na Dani e na B2MAMY por acaso, há uns dois anos. Achava que podia contribuir um pouquinho com a comunidade compartilhando conhecimento, mas não podia imaginar o quanto fazer parte seria importante pra mim. Rede de contatos, cursos, treinamentos, benefícios, o co-work com a melhor energia de Pinheiros… e o acolhimento e apoio que toda mãe merece! Link: https://amzn.to/3JEIo8Z
- Story Brand - Donald Miller
Hoje Li Na Kama Robinson Crusoé em Francês Talvez você não lembre os elementos da tabela periódica (eu certamente não lembro). Mas com certeza as historinhas e frases que os professores criaram para ajudar a gente na decoreba você lembra. Pois é, o cérebro humano adora uma história. Elas ajudam a fazer os fatos fazerem sentido, dar clareza, eliminar ruídos. Talvez se eu tivesse começado esse post falando do livro você nem tivesse clicado para ler mais. Mas quando tem uma história… Como a gente gosta. Esse é o princípio por trás do método “STORYBRAND”, que Donald Miller explica em seu livro. O modelo envolve um personagem (seu cliente) encontrando um problema (vilão!), conhecendo um guia (sua empresa), seguindo um plano e tomando medidas para evitar o fracasso e chegar ao sucesso. Uma coisa bem jornada do herói, mesmo. Mas em uma linguagem super acessível e prática, com exercícios ao final de cada capítulo e dicas de como colocar isso na prática em seu site, email marketing, etc. Recomendo muito a leitura do livro completo. Mas como sou apaixonada por ficção, resolvi brincar aqui com a ideia do vilão! Um pouquinho da teoria: segundo o método, o vilão (que deve ser real e ser um só) causa ao herói problemas internos, externos e filosóficos. Problema Externo: uma ameaça ou algo que o herói deve superar para ganhar o dia Problema Interno: o desejo interno de resolver a frustração causada pelo problema externo Problema Filosófico: é algo ainda maior que a própria história, tem a ver com o porquê. Voltando pra tabela periódica, certamente meu vilão na época do vestibular era Química. Causava um claro problema externo: “Preciso pelo menos da nota de corte pra não ser desclassificada”. Um problema interno: “Se eu não conseguir passar, vou ter que fazer cursinho!” E uma problema filosófico: “Eu gosto de aprender, essa decoreba toda não me ajuda em nada”. Divertido, né? É um ótimo exercício para entender qual é o vilão do seu cliente, e como o seu negócio ou marca pode aparecer para guiar seu cliente em direção ao sucesso. Pois bem. Na minha história, apareceu um guia que me deu um monte de frases mágicas pra decorar um monte de coisa e eu consegui passar no vestibular! E lembro até hoje do Robinson Crusoé em francês. Que macete*! *Q = m.c.Δt é a fórmula do calor. Link: https://amzn.to/44btYH7
- Essencialismo - Greg McKeown
Está todo mundo exausto. O assunto mais conversado nas rodinhas (aka grupos de WhatsApp) por aí é que está todo mundo exausto. A culpa é dos smartphones, das redes sociais, do trânsito, da falta de work-life balance, da OpenAi que lança o Sora antes de você dominar o GPT4, da escola que mandou você fazer 20 tsurus para um trabalho da sua filha de 2 anos (quem tem dois filhos precisou fazer 40). Tem uma parte do problema que é estrutural - da falta (ou, às vezes, excesso!) de pessoas, recursos, ou simplesmente da desorganização de processos e responsabilidades. Podemos até tentar, mas isso não se resolve com mesa de ping-pong, aulas de Yoga, nem open bar de M&Ms. Esse tema é complexo, vou deixar esse tema pra outro post. Mas a outra parte do problema é aquela que nós podemos, no nível indivíduo, endereçar: priorizar. E esse livro, “Essencialismo”, do Greg Mckeown, é um excelente guia pra isso. Ele traz várias dicas de como ser "Essencialista". Separei aqui as minhas preferidas: Dormir: Não tem nada mais importante para a saúde do seu corpo e da sua cabeça. Sabe aquela pessoa cheia de energia que parece fazer 1000 coisas? Pode ter certeza que ela tá com o sono em dia e por isso que ela é tão produtiva. Ter uma visão clara das suas prioridades e de onde quer chegar: Com isso, você pode ir dando pequenos passos nessa direção. Vão ter uns obstáculos que vão te tirar um pouco da rota? Certamente. Mas um passo de cada vez ao redor é mais fácil que tentar pular a pedra no meio do caminho (ou ficar parado na frente dela). Aceitar a realidade do trade-off: Se você sabe quais os seus objetivos e quais as suas prioridades, fica mais fácil aceitar que fazer escolhas implica abrir mão das outras opções. Quando ficar difícil demais, minha dica é anotar aquela ideia num caderninho. Deixa no backlog, dentro da gaveta, pra atacar quando a sua prioridade atual estiver resolvida. Dizer "não": Esse é difícil, né? O FOMO (frear of missing out) bate forte! Mas temos que recusar convites e solicitações que não contribuem para os seus objetivos. Você precisa mesmo dar mais uma palestra ou ir a mais um evento? Remover distrações: Vai lá nas Configurações do seu celular e vê quanto tempo você usou em redes sociais (incluindo essa aqui!) na última semana. Quem disse que não tinha tempo de ler ou fazer exercício? Adotar alguns comportamentos "Essencialistas" não vai resolver todos os nossos problemas. Mas pelo menos ajuda na parte que está nas nossas mãos. Por enquanto, aceito dicas de como otimizar a produção de tsurus. Link: https://amzn.to/4db6YvW
- A Próxima Onda - Mustafa Suleyman
Se você já está sofrendo de FOBO (Fear of Becoming Obsolete), não leia esse livro. Se você ler, vai querer vender tudo que tem, entrar em alguma seita maluca, morar no deserto e viver de fotossíntese. Afinal, segundo Mustafa Suleyman, não tem jeito: A PRÓXIMA ONDA está chegando, e - se nada for feito para contê-la - ela leva embora todos os empregos, fronteiras, e traz (ainda mais) desinformação, cyber-attacks, doenças criadas em laboratórios (alguém pensou Covid?) e mudanças em todas as esferas das nossas vidas. Se você não está assim tão pessimista, vale encarar o livro. Não que ele seja exatamente otimista - em diversos pontos é até contraditório - mas porque ele traz algumas propostas de como conter essa onda, desacelerar esse desenvolvimento para que os benefícios superem os riscos. Segundo o autor, se existe demanda, toda tecnologia com o tempo fica mais barata e mais fácil de usar, e assim prolifera. E sem dúvida, do fogo à escrita, da agricultura ao motor de combustão, da imprensa à internet - a qualidade da vida humana melhorou ao longo do tempo. Porque então essa próxima onda é tão mais perigosa? O livro tem 300 páginas de motivos (ouch!) mas que eu resumiria em 3: - As IAs trabalham com redes neurais (tipo um cérebro humano) e machine learning: com dados suficientes, ela aprende sozinha como realizar tarefas. Como exatamente? Não sabemos. E esse é um grande paradoxo - são tecnologias que não entendemos, mas que somos capazes de usar. Mais do que isso: quem inventa, logo perde o controle sobre o seu impacto. E democratizar o acesso implica em aumentar o risco - não só da tecnologia chegar nas mãos erradas, mas de consequências inesperadas até de quem tinha boas intenções. - Com a IA, vem também a onda da biologia sintética - a capacidade de ler, criar e editar código genético. Poderemos erradicar doenças e prolongar a vida; mas já aprendemos com a história os terrores onde isso pode nos levar quando na mão da pessoa errada. E tudo indica que em poucos anos, se nada for feito, não será necessário muito mais do que um laboratório caseiro para criar um ser geneticamente modificado. - Soma aí na equação agora a computação quântica: uma tecnologia capaz de processar ainda mais dados, a uma velocidade ainda maior? Computação quântica ainda é algo caro e acessível somente a grandes empresas privadas. Mas isso significa que teremos o poder ainda mais concentrado na mão de poucas companhias privadas? Com alcance e poder maior do que governos? E - talvez pior - se esse poder e controle estiver só na mão dos governos? O risco de vivermos em alguma realidade ainda mais distópica do que Orwell ou Huxley imaginaram. Tudo meio assustador, né? Por esses motivos, Suleyman afirma ser necessário conter essas tecnologias. Controlar, limitar, e em alguns casos, até parar o desenvolvimento. O que acalma o coração? Ele traz dez soluções de como fazer essa contenção - de legislação a gestão de gargalos, todas entrelaçadas. O que dá o frio na barriga? Quão complexas elas são. E o fato de ele sair pela tangente e não abordar algumas definições que talvez fossem fundamentais em relação a o que seria moral, ético e “alinhado aos nossos valores”. De qualquer forma, o livro é excelente, não só para leigos no assunto, mas pra qualquer um que queira conhecer mais para poder discutir - com dados e pensamento crítico - o que está vindo por aí. Vale ler, nem que seja pra não sofrer FOBO nas conversas por aí. Link: https://amzn.to/3WeN39k
- Eu Sou Malala - Malala Yousafzai
“Eles tentaram parar uma menina. Ela agora está lutando para que 120 milhões de meninas tenham direito de ir para a escola.” Essa foi, pra mim, a frase mais marcante da Malala em sua entrevista no VTEX Day, na última sexta. Ela, que foi baleada na cabeça voltando da escola quando tinha apenas 15 anos, hoje é ativista em defesa do direito das mulheres à educação, e a pessoa mais jovem da história a ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Em seu livro, Eu Sou Malala, ela conta um pouco da história do Swat Valley, região onde nasceu e cresceu, e como foi a transformação da sua vida quando a região foi invadida pelo Talibã. Como numa distopia, uma das primeiras ações do grupo terrorista foi proibir as meninas de frequentarem escolas. Inspirada por Anne Frank, Malala, que tinha então 11 anos, começou a escrever um diário, publicado (sob pseudônimo) no site BBC. Foram alguns anos de ativismo, chamando a atenção do mundo com palestras e entrevistas, até que ela começou a receber ameaças de morte do grupo terrorista, e o ataque ao ônibus escolar. Uma das principais lições do livro é que, ao lutar contra um opressor, nunca se deve usar as mesmas ferramentas que eles usam – especialmente meios violentos. Adorei ver a Malala ao vivo, e como ela se mantém firme em seu propósito e valores. “O que eu desejo aos dois terroristas que atiraram em mim? Que as suas filhas possam ir à escola.” Link: https://amzn.to/3vXGrS9
- Como é ser Autista - Charlotte Amelia Poe
Quem conta as histórias das pessoas autistas? Abril é o mês de conscientização sobre o autismo, e por isso escolhi falar sobre esse livro pra fechar o mês. “Como é ser Autista”, da inglesa Charlotte Amelia Poe, é uma autobiografia na qual ela conta como foi crescer com autismo não diagnosticado: as visitas a psicólogos e psiquiatras, as dificuldades com a alimentação, os interesses por tecnologia e modificação corporal, as crises de pânico, a ansiedade e a depressão. O livro em diversos momentos parece um diário de adolescente - mas de alguém que, mesmo tão jovem, viveu experiências únicas, tentando se encaixar em “um mundo que não foi feito para nós”. Mergulhar na história é sentir um pouco da sua dor, da sua angústia, mas também da sua capacidade de superação. E por mais que o título pareça uma generalização, uma das principais lições do livro é justamente que “não há uma maneira de ser autista, existem milhões”. Vale a leitura, por ser um dos raros livros sobre autismo escrito por uma pessoa autista. Inclusive, aceito recomendações de outros. #autismo #abrilazul #dicadelivro Compre aqui: https://amzn.to/3xV6xG2