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- Barbie e o Império da Mattel - Robin Gerber
"Se uma mulher quer subir na vida, ela tem que trabalhar duas vezes mais, três vezes mais, estar disponível o tempo todo para ser mãe, esposa e mulher de negócios." Ruth Handler Não sei vocês, mas eu estou super-mega-hiper-ultra-pink empolgada para o lançamento do filme da Barbie na próxima semana. Sim, a Barbie foi a minha boneca preferida quando criança. Linda e poderosa, ela era a dona da casa, do carro, do trailer para viajar com as amigas. Ela tinha uma vida que ia além da casa e dos cuidados com os bebês. A Barbie podia ser tudo que ela quisesse - e a minha imaginação de criança também. São muitas as polêmicas da sua história: desde a sua criação, inspirada numa boneca de uma personagem não exatamente infantil (sendo bem eufemista aqui), até o padrão idealizado de beleza que ela representa - apesar de existirem Barbies que não são brancas e loiras desde os anos 80, muito antes do resto do planeta se dar conta da importância da diversidade e da representatividade. Agora, tão polêmica quanto a Barbie, é a mãe da Barbie. Literalmente, a mãe da Barbie, já que Ruth Handler, a criadora da boneca, deu à boneca o nome da sua filha, Barbara (e ao namorado da boneca, Ken, o nome de seu filho Kenneth - sim, na vida real, Barbie e Ken são irmãos!). Ruth foi uma mulher muito à frente do seu tempo. Ela começou sua carreira na Paramount, onde conheceu o encantado mundo de Hollywood e todas as "ineficiências do mundo corporativo", como ela mesma fala. Anos depois, seu tino comercial e espírito empreendedor a levaram a fundar com o marido a Mattel, que viria a se tornar uma das maiores empresas de brinquedo do mundo. A visão de negócios de Ruth é inegável. Desde vender a boneca a um custo acessível, rentabilizando o negócio através da venda de roupas e acessórios, até a redução de custo com o uso de empresas terceirizadas para produção - mas sem nunca abrir mão da qualidade. Ela entendia a importância da pesquisa não só com consumidores (as crianças), mas também com os decisores de compra (as mães), fazendo grupos focais com mães para entender que argumentos as convenceriam a comprar uma boneca adulta para suas filhas. Entendia também a importância da projeção de demanda - e de como estimular a demanda através de investimentos pesados em publicidade que falasse diretamente às crianças, em canais e programas da Disney. Como em toda história corporativa de crescimento e sucesso, há também aqui um lado mais complicado. Contratos que os prejudicariam anos depois, questões judiciais por direitos autorais, e os conhecidos males do mundo corporativo, como as disputas entre as divisões, a necessidade de achar um culpado, e até a falta de eficiência que tanto a incomodava no início de sua careira. Isso sem falar na pressão de acionistas que leva executivos a tomarem decisões de curto prazo - muitas vezes antiéticas, como a manipulação de dados contábeis que a afastou da liderança da empresa que ela mesma criou. E talvez não só essa, mas muitas das suas ações sejam hoje consideradas antiéticas. Mas é importante também sempre entender o contexto histórico, político e social em que as coisas acontecem. Ruth era uma mulher à frente do seu tempo, e entendia que a discriminação que sofria como mulher era o preço que pagava por isso. Ruth não gostava de tarefas domésticas, nem de cozinhar - e sofreu por não ser uma "mãe" tradicional. Pioneira, determinada, competitiva, franca, intransigente e resistente - esses são só alguns dos adjetivos que a descrevem (e provavelmente descrevem bem poucas outras mulheres nascidas em 1916). Ruth precisava sempre provar quão boa ela era. Nas suas palavras, na sua época: "Não havia teto de vidro, era de concreto". Fica a dica do livro "Barbie e o Império da Mattel", de Robin Gerner, que conta os detalhes da história de Ruth e da Mattel, para ler e se preparar para o filme - que sem dúvida vai ser um super sucesso. PS: Ruth Handler dirigia um conversível rosa. Link: https://amzn.to/44gk47d
- Outliers - Malcom Gladwell
Esse é um livro para quem acredita na “Meritocracia”. Porquê? Porque ele abre os olhos para as muitas variáveis que fazem parte das histórias de sucesso - e desconstrói algumas verdades nas quais gostamos de acreditar. Outliers, de Malcom Gladwell, ficou famoso por popularizar a “Regra das 10.000 Horas”: a ideia de que o sucesso em qualquer atividade é resultado da disciplina para a “prática deliberada” por 10.000 horas (ou 20 horas por semana por 10 anos!). Como sou uma pessoa super disciplinada e A-MO uma meta, adorei esse teoria e - obviamente - fiz todas as contas de quantas horas eu já estudei italiano e quantas faltam para eu poder me considerar “fluente” (são muitas). Voltando ao livro: de fato, o autor apresenta essa ideia, trazendo vários exemplos, dos Beatles a Bill Gates. Mas ele vai muito além: ele questiona se isso é suficiente. O sucesso é realmente fruto só do talento, da garra ou da genialidade de uma pessoa? E a resposta que ele traz é que tudo isso é importante, sim. Mas que só vai te ajudar a atingir a maestria ou o sucesso quando combinado à OPORTUNIDADE. Fatores externos, como as circunstâncias culturais e sociais de onde uma pessoa nasce e cresce fazem toda a diferença. A verdade é que poder dedicar horas de estudo e/ou treino a alguma atividade é um grande privilégio. Saber tirar proveito de tudo isso pode ser uma questão de mérito, sim (afinal, um monte de gente não faz nada com as oportunidades que recebe só por “nascer no CEP certo”). Mas minimizar o privilégio de termos tido acesso a educação de qualidade, estrutura familiar com segurança psicológica e valores sólidos constrói uma ideia deturpada do que é sucesso. Tudo é mais fácil quando o almoço está na mesa, né? Até ouvir audiolivro em italiano e somar mais umas 8 horinhas rumo às 10.000!!! Link: https://amzn.to/4b4rkVC
- Range - David Epstein
Faço uma movimentação lateral ou vou atrás de uma promoção? Vale a pena ter uma experiência em vendas? Será que me matriculo nessa especialização ou tento aprender algo novo de outra área? Essas são algumas das perguntas que mais ouço em mentorias e conversas com pessoas mais jovens. Não existe uma única resposta certa - sem dúvida, são muitos os profissionais de sucesso que sabiam desde cedo do que gostavam e quais eram suas fortalezas. Mas, se você tem dúvidas, provavelmente não é o seu caso. É aí que entra a importância de experimentar. No livro “Range”, David Epstein fala exatamente sobre isso - as vantagens de se ganhar uma variedade de experiências. Com exemplos que vão dos esportes até a NASA, o livro traz diversos insights e fundamentos científicos sobre porque devemos tentar ampliar ao máximo nosso leque de ferramentas. É claro que, se um problema é conhecido, a especialização tem suas vantagens. Você provavelmente prefere fazer um armário com um marceneiro e tirar o ciso com um dentista. Mas sabe aquela história de que quando você só tem um martelo, todo problema é prego? Esse é o risco que as pessoas correm ao se especializarem, principalmente no início da carreira. Nas discussões de Marketing, esse é um velho conhecido: a pessoa de branding que acha que só deveria investir em construção de marca e a pessoa de performance que só quer investir em growth - e quer medir os resultados de todas as ações nas vendas daquele mesmo dia (ou hora!). E para piorar: quanto mais experiência na área ganha, maior o risco do profissional especializado ter uma visão cada vez visão míope sobre o todo. Do outro lado, a amplitude de experiências ajuda profissionais a gerarem mais insights e conexões. Em campos complexos e imprevisíveis (como o Marketing!), com grandes mudanças acontecendo a todo o tempo, quanto maior o repertório, mais preparado o profissional está para fazer analogias e transpor conhecimentos de uma área a outra. E essa capacidade de pensamento lateral é cada vez mais importante. O recado final do livro é: trabalhe no máximo de funções que puder. Claro que, com o mercado difícil como está, esse é um conselho arriscado. Assim, minha dica é outra: ainda que seja dentro da sua função, conheça o máximo que puder as outras áreas. Saia a campo, vivencie o dia do seu vendedor ou do seu consumidor. Vá além: faça cursos que talvez não tenham nada a ver com a sua função hoje, como história da arte ou culinária. Leia livros que expandam seus horizontes, que te façam questionar o que você pensa. Sobre esse livro “Range”, minha opinião é que ele é bom, mas poderia ser mais curto. Talvez porque eu sempre tenha preferido ser mais generalista, e ele só confirme o que eu já pensava. E você? O que acha? Link: https://amzn.to/3xRgFPU
- A Desobediência Civil - Henry David Thoreau
“Trancavam a porta tentando aprisionar minhas ideias” Retirei essa frase de “A desobediência civil”, de Henry David Thoreau, um ensaio que conta, dentre outras coisas, o episódio em que o autor foi preso por se recusar a pagar um imposto que financiava a guerra contra o México e a expansão da escravidão no sul dos Estados Unidos. Esse texto, de 1849, influenciou décadas depois os pensamentos e ações de líderes que mudaram o mundo, como Gandhi e Martin Luther King. O livro tem tantas camadas que seria impossível falar em um post (e para falar a verdade, eu nem tenho repertório para isso). Mas fiquei refletindo aqui - não só no ensaio em si, mas nos conteúdos adicionais dessa edição da Antofágica: somos a soma daquilo que lemos, assistimos, vivemos, das pessoas com quem convivemos… De tudo que deixamos entrar na nossa vida. Que privilégio poder fazer pelo menos algumas dessas escolhas. Link: https://amzn.to/3JA8PNq
- A Biblioteca da Meia-Noite - Matt Haig
Onde havia livros, havia sempre a tentação de abri-los. Estava namorando esse livro há meses. Adoro histórias que acontecem em bibliotecas, e achei a ideia de que entre a vida e a morte existe uma biblioteca uma coisa simultaneamente fascinante e assustadora. Comprei, li em dois dias, e não me decepcionei. É verdade que a história de universos paralelos vem se repetindo em todo tipo de ficção recentemente. Mas aqui, o efeito borboleta é recheado de citações de Sartre, Thoreau e Schopenhauer, e referências que vão do xadrez ao gato de Schrödinger ou à termodinâmica. E não, você não precisa conhecer nada e nem mesmo se interessar por esses assuntos pra se divertir com a história. Basta estar aberto a refletir: você teria feito algo de diferente, se houvesse a chance de desfazer tudo de que se arrepende? Link: https://amzn.to/3UuLF18
- Marketing 5.0 - Philip Kotler
Resolvi ler esse livro quando percebi que, nas minhas leituras do ano passado, não tinha quase nada de Marketing. Refletindo no porquê, percebi que: 1 - Em 2023, escolhi ler mais ficção, de clássicos a best-sellers. A ficção te transporta para outros universos, ajuda a desconectar e inspira a criatividade. 2 - Li mais livros sobre o comportamento e a mente humanas. É algo que me fascina, e sai um pouco do assunto do meu dia-a-dia. 3 - Tenho lido livros de negócios escritos por founders ou executivos. Não existe nada como aprender com quem já passou por determinadas experiências (ainda que muitos romantizem tudo - mas isso é assunto para outro post). Enfim, resolvi ler um livro de Marketing e escolhi Kotler por ser um dos maiores nomes acadêmicos do Marketing. Fiquei decepcionada. Não vou dizer que o livro é ruim. Ele aborda, com uma boa base teórica, diversos aspectos da aplicação de tecnologias no Marketing - do uso de dados e marketing preditivo, até as organizações ágeis e o uso de inteligência artificial. É um livro excelente para quem não trabalha na área, mas precisa de um nível mínimo de conhecimento sobre o assunto. A questão é que - mesmo pensando no contexto de 2021, quando foi publicado - o livro não traz grandes novidades. Não culpo Kotler por isso - com a velocidade que a tecnologia tem evoluído, não sei se é possível um livro físico que pretende abordar tantos tópicos não acabar datado. Talvez a melhor forma de me manter atualizada em Marketing seja mesmo com podcasts, newsletters e artigos de grandes publicações estrangeiras. De qualquer forma, aceito dicas de livros de Marketing que talvez sejam mais atemporais! Link: https://amzn.to/4dbBwxs
- Canção para Ninar Menino Grande - Conceição Evaristo
Ontem foi o Dia do Leitor, então minha recomendação de hoje é um presente para todos que amam ler ficção: “Canção para Ninar Menino Grande”, da escritora mineira Conceição Evaristo. O livro conta a história do menino negro que não pôde ser o príncipe no teatro da escola - ou melhor, a história das mulheres para quem ele foi príncipe depois. Não vou contar mais para não dar spoiler, mas para dar um gostinho do que é a poesia da prosa de Conceição Evaristo, reproduzi aqui uma frase logo do primeiro capítulo. “Se contar o acontecido já é uma traição com o vivido, pois, muitas vezes, se trata de uma reconstrução malfeita das lembranças, recontar o que ouvimos pode ser uma dupla traição.” Se você gostou de “Tudo é Rio” ou “O Avesso da Pele”, pode colocar esse livro na lista obrigatória de leituras para esse ano. É um livro desses que vale ler e reler e reler… Link: https://amzn.to/49T2K9x
- Flow - Mihaly Csikszentmihalyi
Qual o melhor livro de liderança que você já leu? Para mim, é esse: FLOW, de Mihaly Csikszentmihalyi. Talvez não seja o primeiro que vem na cabeça da maioria das pessoas. Afinal, esse é um livro de psicologia - talvez até autoajuda? - que traz conceitos até de filosofia, mindfulness e Yoga. Porque então é esse o livro que recomendo? Flow é aquele estado em que a pessoa entra quando está totalmente imersa numa atividade, atrás de um objetivo claro, e com uma motivação intrínseca de atingir aquele objetivo. Não é isso que, como líderes, queremos dos nossos times? Nosso desafio como líder é justamente conseguir levar nossas equipes a esse estágio. Para isso, o segredo está em dar para as pessoas atividades que equilibrem o tamanho do desafio com habilidade ou capacidade de cada pessoa. Nada tão impossível que leve a pessoa ao desespero, nem tão fácil que a deixe entediada, e - óbvio - com um objetivo claro e feedbacks regulares. Esse desafio pode ir crescendo, conforme a pessoa vai entregando, sempre com esse cuidado de não esticar demais, mas dando a segurança de que a pessoa pode, sim, ir além. Deve ter mais umas 50 lições no livro - sobre autoconhecimento, sobre a importância de ter um hobby, sobre o uso do método científico para explorar e formar opiniões sobre assuntos que você não domina. Meu livro está todo rabiscado, e volta e meia acabo relendo algum trecho. Para ser líder a gente precisa se conhecer bem também, né? Link: https://amzn.to/4aPZflj
- Good to Great - Jim Collins
Porque algumas empresas atingem o sucesso e outras ficam para trás? Essa é a pergunta que Jim Collins busca responder no livro Good to Great (De Bom a Excelente), publicado em 2011. O autor usou como base o valor das ações de cerca de 30 empresas ao longo de 15 anos, analisando a diferença entre as que tiveram sucesso e as que ficaram em linha ou abaixo do mercado. A principal diferença entre elas? Consistência. Para dar o salto de “Bom” a “Excelente”, uma empresa precisa das pessoas certas, do uso da tecnologia como acelerador, e de uma cultura de auto-disciplina para buscar um objetivo claro e consistente. Enquanto algumas empresas ficaram no que o autor chama de “Doom Loop” (algo como “ciclo de destruição” numa tradução livre minha), mudando constantemente de direção, outras conseguiram aplicar o conceito de “flywheel”: pequenos avanços em uma mesma direção, até conseguir tração e velocidade para um “breakthrough”. Assim, o que parece um sucesso “repentino” é na verdade resultado da persistência e da construção de momentum, que só acontece onde há disciplina. Inclusive, nas entrevistas realizadas pelo autor nas empresas de sucesso, se repetem sempre as mesmas palavras: disciplinado, rigoroso, determinado, preciso, metódico, consistente, focado, entre outras. Mais de 20 anos depois da publicação do livro, vemos na lista de grandes empresas no topo das mais valiosas do mundo outro grupo de empresas. Saíram as grandes corporações de bem de consumo, alguns bancos e farmacêuticas, e entraram os gigantes da tecnologia. Será que alguma coisa mudou? Provavelmente, do ponto de vista puramente de produto, o papel da tecnologia. Mas do ponto de vista de cultura - pelo menos com base nas entrevistas dos líderes dessas empresas - consistência na implementação de suas estratégias ainda parece ser o que essas empresas têm de maior valor. Bem que podia sair logo o “Good to Great” versão 2024. Link: https://amzn.to/44cDYQc
- Dedique-se de Coração - Howard Schultz
Não tomo café, então sofro um pouquinho toda vez que o local escolhido para um bate-papo é um Starbucks 😐. Mas como marketeira apaixonada por empreendedorismo e varejo, sou fã da marca e do founder, Howard Schultz. Esse foi o primeiro livro dele, de 1997. São tantas lições, que não sei se consegui capturar todas - mas tentei pelo menos deixar mais ou menos organizadas aqui: Três lições de #marketing : 1 - Valores: Toda empresa precisa defender algo. No caso da #starbucks, é a qualidade que dá sabor aos grãos bem torrados. 2 - Inovação: “Não se dá ao cliente simplesmente o que eles pedem.” Você pode inovar e ensinar os consumidores a consumirem um novo produto. 3 - Centrado no Cliente: “Contanto que seja mal, legal e ético, devemos fazer o que for preciso para agradar o cliente”. Três lições de #empreendedorismo: 1 - Sair da zona de conforto: pra empreender, é preciso arriscar. Mesmo quando vida parecer perfeita, você precisa correr riscos e saltar para o nível seguinte ou então entrará em um processo e acomodação, sem a menos perceber. E se deixar o tempo passar, o momento certo terá passado. 2 - Resiliência e Otimismo: vão haver momentos em que você vai chegar perto de existir. Precisa de casca grossa e muito otimismo para tentar de novo. 3 - Investidores resistentes: se houver pressão para lucro no curto prazo, a empresa não vai crescer como poderia. Um “edifício de cem andares precisa de um forte alicerce” - e isso custa tempo e dinheiro. Três lições de #liderança: 1 - Construa uma organização na qual os funcionários deixam o egos de lado de fora da porta. Não precisa nem comentar... 2 - Contrate pessoas com mais experiência que você, e que não tenham medo de discordar de você. 3 - Confie na sua percepção mais instintiva em relação a pessoas - integridade e paixão valem tanto quanto experiências ou habilidade. Às vezes a falta de experiência é exatamente o que torna uma pessoa o candidato ideal. É mais provável obter resultados inovadores com que está fora do contexto. Schultz deixou e voltou para a liderança da empresa depois desse livro, e até já escreveu outros livros - sobre o que vem depois que uma empresa chega à maturidade. Quando eu ler, eu conto mais. Link: https://amzn.to/3U6auig
- The Four - Scott Galloway
The Four (Os Quatro), do Professor da NYU Scott Galloway, é um livro que - na capa - promete contar o DNA secreto das quatro gigantes da tecnologia (de 2017): Amazon, Apple, Facebook, Google. Mas se essa é a sua expectativa, pode ir atrás de outro livro. Esse não vai te dar super insights sobre as quatro, apesar de contar a história e o impacto dessas empresas de forma bem divertida, naquele tom irônico que é a cara do Professor G. E como o livro é de 2017, muita coisa está desatualizada - Nvidia e Bytedance (do TikTok) nem aparecem no radar de potenciais gigantes. Agora, se você gosta de ler sobre estratégia, eu super recomendo esse livro - devorei em três dias. Tem um capítulo em especial no qual ele explica os fatores do “Algoritmo T”, que a empresa dele de Business Intelligence, L2 Inc, usa para ajudar os clientes na alocação de capital, e que traz um checklist de coisas as quatro fizeram (e fazem) bem: Os itens da lista são: Diferenciação de Produto: avaliar toda a cadeia de valor e entender onde. A tecnologia pode adicionar valor ou reduzir atrito Capital Visionário: atrair investimentos por meio de um CEO carismático, com o dom do storytelling, uma visão ambiciosa e capaz de mostrar progresso em direção a essa visão Alcance Global: um produto que transponha qualquer barreira geográfica e atraia pessoas de diferentes culturas. Simpatia: ter consumidores que gostam da empresa/marca ajuda a evitar muita investigação de órgãos regulatórios Integração Vertical: controlar ao máximo a cadeia de valor, principalmente o que se refere à experiência do cliente Inteligência Artificial: dados, dados, dados. E saber brincar com eles. Aceleração de Carreira: atrair e reter os melhores talentos Geografia: estar próximo a centros de inovação e talento, como universidades renomadas Vale passar pela lista e fazer o check da empresa que você trabalha (ou que ainda vai fundar!). PS: O livro tem ainda um capítulo excelente sobre estratégias de carreira, com dicas que continuam super atuais. Link: https://amzn.to/3Jyxvpl
- De Zero a Um - Peter Thiel
Que empresa valiosa ninguém está construindo? Essa é uma das provocações de Peter Thiel, um dos fundadores do PayPal, em seu livro “De Zero a Um”. É difícil concordar com tudo que ele traz no livro - a defesa do monopólio, por exemplo - mas o livro traz algumas opiniões importantes para se refletir, como a questão da inteligência artificial e das máquinas como complementares aos seres humanos, e não concorrentes. Acho que o melhor do livro são as perguntas que ele sugere fazer antes de montar uma startup. Segue aqui (numa tradução livre minha): A Questão da Engenharia: Você tem uma tecnologia inovadora que é pelo menos 10 vezes melhor do que a concorrência, ou só melhorias marginais? A Questão do Timing: Esse é o momento certo para começar esse negócio específico? A Questão do Monopólio: Você está começando com uma participação grande em um mercado pequeno? A Questão das Pessoas: Você tem a equipe certa? A Questão da Distribuição: Você tem uma maneira de não apenas criar, mas também de distribuir seu produto? A Questão da Durabilidade: Seu mercado será grande o suficiente nos próximos 10 e 20 anos? A Questão do Segredo: Você está identificando uma oportunidade única que outros não veem? Sempre gostei de estudar, anotava tudo nas aulas, e meus cadernos ficavam até no xerox do DAGV pro pessoal poder tirar cópia das anotações antes das provas. Achei graça quando descobri que esse livro nasceu das anotações de um aluno de Peter Thiel em um curso sobre startups em Stanford em 2012, que acabou circulando muito além da faculdade. Não sei se minhas anotações eram 10X melhores que as das outras pessoas. Mas como meu “timing” na faculdade foi 2002 e não 2012, não passei da segunda questão no potencial de sucesso do livro com minhas anotações sobre as aulas... Link: https://amzn.to/3Wev9n9