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- O Poder da Empatia - Roman Krznaric
Eu tive uma gravidez tranquila, sem muitos enjoos ou dores; minha neném crescendo saudável e conforme o esperado. Então, quando ela nasceu e precisou ir para a UTI, foi um grande susto. Ela passou cerca de 10 dias internada, com hipoglicemia e dificuldade para ganhar peso. Eu tive alta, ia e voltava do hospital todos os dias. Tirava leite para que ela pudesse mamar sem fazer muito esforço. E sofria a cada noite que chegava em casa sem a minha filha nos braços. Um dia, no hospital, uma das outras mães da UTI me perguntou o que ela tinha. Eu contei, falei que estava lá há cerca de uma semana; que estava sendo muito difícil para a gente. Ela me olhou e disse: "Ah, você não é mãe de UTI de verdade. Eu estou aqui há dois meses, e não tenho previsão de quando meus gêmeos terão alta.". Fui para o lactário. Encontrei outra mãe, que também me perguntou há quanto tempo eu estava lá e o que a neném tinha. E - ouvindo exatamente a mesma história - ela me disse: "Nossa, deve estar sendo muito difícil pra você. Eu tive gêmeos, sabia desde o início da gravidez que eles ficariam internados por um tempo. Você não estava preparada para isso." Uma mesma situação, e duas atitudes tão diferentes. Lembrei muito dessa história quando li "O poder da Empatia", de Roman Krznaric. Entre muitos aprendizados sobre o poder da empatia, um que me marcou foi sobre esse desejo narcísico de superar o outro. Não pretendo avaliar se a dor de uma mãe é maior ou menor que a outra. Até porque não acredito numa régua universal para medição da dor. Mas - independente do quanto já sofremos ou estamos sofrendo - sempre podemos ouvir com presença e empatia, nos concentrando nos sentimentos da outra pessoa, compreendendo as necessidades dela, sem precisar competir ou ganhar como "quem sofre mais". A história que divido aqui é pessoal, mas a lição vale para nossa vida corporativa também. Esse é um daqueles livros que todo líder deveria ler, para entender que cada ser humano é único, e merece ser ouvido e compreendido como tal. Link: https://amzn.to/4b7uPut
- O Caminho do Artista - Julia Cameron
A primeira vez que me recomendaram esse livro, eu ignorei. Da segunda, acabei comprando - mas deixei encostado por meses. Preconceito, talvez? A descrição e os reviews me deixaram com a impressão de que era um livro “O Segredo” demais - até pra quem, como eu, lê com certa frequência livros de auto-desenvolvimento. Finalmente, em uma dessas sincronicidades da vida, há cerca de 3 meses comecei a ler. Na verdade, não só a ler, mas a fazer o tal “Caminho”. Porque o livro é uma espécie de guia, um programa de 12 semanas, para voce “desbloquear” o seu lado criativo. Atividades mesmo, como escrever à mão três páginas de caderno todos os dias pela manhã, e fazer um “encontro” semanal com seu artista interior - um passeio no parque, uma visita a um museu. Foram vários os dias em que eu enrolei - passei as três páginas descrevendo o quarto ou falando do tempo, porque não sabia o que colocar no papel. Mas, com o tempo, a prática e a disciplina, fui percebendo o valor de escrever, de criar sem nenhuma censura. Quase uma meditação. Os encontros com o artista também foram revelando insights, fontes de inspiração e mais do que qualquer coisa, de autoconhecimento e de descoberta dos meus próprios valores e princípios. Não vou contar aqui toda a minha jornada - cada um tem a sua, e o valor do programa está exatamente aí. Mas, se me perguntarem se recomendo o livro, a resposta é SIM - desde que você esteja aberto a se conhecer melhor. Independente de você se considerar um artista ou não (ou de acreditar numa força maior do universo ou não). E recomendo porque realmente acredito que todos temos dentro de nós uma energia criativa que quer se expressar. E se conhecer um pouquinho melhor nunca fez mal a ninguém. Como disse Joseph Campbell, “Siga o que enche de felicidade o seu coração, e o universo abrirá portas onde antes só existiam paredes”. Link: https://amzn.to/3UfSW3h
- Nação Dopamina - Anna Lembke
Eu pego a caixa de papelão, rasgo a fita adesiva com pressa e tiro rápido aquele papel marrom, pra pegar logo o que eu queria: mais cinco livros que comprei online ontem. Tenho certeza que, se medissem o nível de dopamina no meu organismo cada vez que isso acontece, eu seria classificada como viciada. O pico de dopamina acontece antes mesmo de ler os livros, como um ratinho pré-condicionado de um laboratório Pavloviano. Li recentemente o livro Nação Dopamina, da Anna Lembke, professora de psiquiatria na Universidade de Medicina Stanford e especialista em tratamento de vícios, que explica de forma simples, através de ilustrações e de histórias de seus pacientes, como estamos viciados no excesso de consumo - de compras online a mídias sociais, passando por reality shows, jogos de azar, videogames, séries de streaming, junk food, ansiolíticos. A nossa busca pelo prazer é incessante, e quanto mais consumimos, mais precisamos consumir. Ficamos cada vez mais tolerantes, em busca de doses maiores da nossa “droga” favorita. E ela está cada vez mais acessível - provavelmente no nosso bolso ou já na nossa mão, a apenas alguns cliques. A autora define vício como “o consumo continuado e repetido de uma substância ou comportamento, apesar do mal que isso pode fazer a si mesmo ou aos outros”. Talvez ler não esteja entre os piores vícios que uma pessoa pode ter - mas será que eu preciso de mais livros, quando tenho quase 100 ainda não lidos na estante em casa? Tenho diversos outros vícios, em maior ou menor grau, e venho refletindo sobre eles desde que li esse livro. Esse vício, de comprar livros compulsivamente, eu já decidi atacar. Seguindo algumas das dicas que a autora sugere, assumi pra mim mesma (e agora publicamente!) que sou viciada, e fiz a promessa de não comprar mais nenhum livro esse ano. Abstinência, mesmo. Posso ler, mas só o que já estiver aqui na estante. Ainda bem que não tem Bienal esse ano. Disclaimer: eu comprei 15 livros em Janeiro. Link: https://amzn.to/3Qek3e0
- Mindset - Carol Dweck
Ela definitivamente não tem talento para esportes Eu tinha nove anos quando comecei a fazer aula de piano. Depois de três meses, a professora ligou para minha mãe e disse: “Olha só: a Fernanda é uma menina adorável e super dedicada. Mas ela definitivamente não tem talento para música. Talvez ela devesse praticar algum esporte?". Então parei as aulas de piano e comecei a fazer aulas de tênis. Eu ia para o clube todas as tardes para treinar. Depois de alguns meses, o instrutor - sem saber do episódio anterior - ligou para minha mãe e disse: "Olha, a Fernanda tem treinado muito, dá pra ver a dedicação dela. Mas ela definitivamente não tem talento para esportes. Talvez ela deveria tentar algum instrumento?". Minha mãe, com todo amor e carinho, me deu um feedback que jamais esquecerei: “Fe, você nunca vai ter sucesso se insistir na música ou quiser ser atleta. É melhor você estudar para ser alguém no futuro.". Eu sei que parece anedótico, mas foi exatamente assim que aconteceu. Minha mãe, assim como as duas professoras, tinha o que Carol S. Dweck chama de “mindset fixo” (algo como “mentalidade fixa” em português) – uma crença de que as qualidades de alguém estão gravadas em pedra. Um mindset de crescimento, ao contrário, é a crença de que você pode cultivar qualidades por meio do esforço; que, com muito trabalho, processo, estratégia e foco corretos, você pode desenvolver as suas habilidades. "Não importa qual seja a sua habilidade, o esforço é o que acende essa habilidade e a transforma em realização." Em seu livro “Mindset – A Psicologia do Sucesso”, Dweck descreve esses dois tipos de mentalidade, com exemplos do mundo dos esportes, negócios e relacionamentos. Citando histórias que vão de Michael Jordan a Thomas Edison e Jack Welch, ela descreve as características de um mindset de crescimento: capacidade de trabalhar duro e se concentrar sob pressão, determinação e perseverança, curiosidade insaciável e paixão por aprender, entusiasmo pelo que faz, motivação contínua e compromisso, e estar pronto para assumir riscos e se esforçar, para citar alguns. "As pessoas com mindset de crescimento não procuram apenas desafios, elas prosperam neles. Quanto maior o desafio, mais se esforçam". Como Dweck aponta no livro, nunca somos totalmente um ou outro; diferentes eventos ou situações podem desencadear uma mentalidade fixa. Diante de contratempos ou críticas, pode ser difícil persistir e acreditar que você pode conseguir algo. Para mim, o segredo para superar alguns desses momentos é lembrar o conceito de “neuroplasticidade” – assim como um músculo, seu cérebro também pode mudar e ficar mais forte quanto mais você o utiliza; forma novas conexões quando praticamos e aprendemos coisas. Não dizem que a prática leva à perfeição? “Uma avaliação num determinado momento tem pouco valor para compreender a capacidade de alguém, muito menos o seu potencial para ter sucesso no futuro”. Às vezes, imagino encontrar aqueles professores da minha infância. Ainda não consigo tocar piano e sou péssima no tênis (nem beach tennis eu encarei). Mas gostaria de dizer a eles que já fiz muitas meias maratonas e até me tornei professora de Yoga. Talvez se os professores acreditassem mais no esforço e na mentalidade do que nas capacidades naturais, seriam melhores treinadores para crianças dispostas a crescer em direção aos seus objetivos… PS: Quanto à minha mãe, sem ressentimentos: segui o conselho dela e nunca parei de estudar. Link: https://amzn.to/4aQgx1C
- Start With Why - Simon Sinek
Esse não é um livro que eu geralmente recomendo, apesar de adorar o Simon Sinek e o conceito do Golden Circle. No entanto, sinto que o livro acrescenta bem pouco ao Ted Talk sobre o assunto - esse sim, já assisti diversas vezes, e recomendo sempre. Não vou tentar fazer mais um resumo aqui - são muitos os artigos já publicados sobre esse livro. E todos reforçam a mesma mensagem: a importância de ter um propósito, uma causa, uma visão - o WHY, ou “porquê”. São poucos, no entanto, que falam sobre a importância do HOW, ou “como”. E é aí que entra uma passagem do livro que eu achei incrível, que faz o livro valer a pena. Em 1957, Walt Disney disse que, se não fosse pelo seu irmão, Ron, ele estaria na cadeia, e cheio de dívidas. Walt era uma pessoa “WHY”: criava desenhos animados e sonhava com filmes. Mas sem o irmão - que teve a ideia de licenciar os personagens e criar produtos para venda - a Disney nunca teria chegado onde chegou. É natural que líderes cheios de propósito, busquem pessoas também com esse perfil “WHY” para fazer parte das suas equipes. Geralmente, é esse o tipo de equipe que nunca sai da fase das ideias, ou cria muitas iniciativas, mas vai em frente e consegue executar bem poucas. O exemplo de Walt Disney mostra que líderes precisam não só inspirar as pessoas - mas também saber contratar e montar times com pessoas implementadoras, orientadas a resultados, que saibam como fazer aquela visão uma realidade. Foi esse o papel de Ron no início daquilo que se tornou um império no mundo do entretenimento. Se você está montando uma equipe, seja numa grande empresa ou numa startup, não deixe de ler esse livro. Talvez o “WHY” você já tenha. Agora você precisa das pessoas “HOW” pra fazer o seu sonho virar realidade. Link: https://amzn.to/3Uuvj8I
- É assim que acaba - Colleen Hoover
Quando uma autora tem 4 entre os 10 livros mais vendidos na Amazon no ano, sinto, se não uma obrigação, pelo menos uma curiosidade muito grande de saber o porquê. De fato, os vídeos da Colleen Hoover nas redes sociais, tirando sarro de si mesma, são divertidíssimos, e a sua comunidade de jovens fãs e a hashtag #booktok ajudaram a vender os mais de 20 milhões de livros. Mas não podia ser só isso - então nada como ler para criar uma opinião. Comecei “It Ends With Us” com um pouco de preconceito, não vou negar. Até porque o livro demora umas 100 (das mais de 350 páginas) para realmente engrenar. A mistura de um tom de diário adolescente com cenas que quase poderiam entrar num prequel de “50 Tons de Cinza” também não me agradou muito. Mas segui a leitura, e terminei o livro com lágrimas nos olhos. Entre cartas da protagonista, Lily, ainda adolescente, para a apresentadora Ellen DeGeneres, e a vida dela já adulta, em um complicado relacionamento romântico, o livro trata de um assunto sobre o qual se fala muito pouco: a violência doméstica. E pelos olhos da vítima. Ainda que seja uma obra de ficção, com elementos fantasiosos dignos mesmo de serem vividos pela Blake Lively no cinema, a verdade é que os sentimentos que Lily descreve são muito reais, e comuns a diversas mulheres vítimas de violência - seja ela física, verbal ou psicológica. Da confusão entre amor e admiração, entre ciúmes e obsessão, até a esperança de que vai ser a última vez, de que a pessoa vai mudar, de que vale dar mais uma chance, o livro trata da dificuldade de sair de um relacionamento abusivo - de saber qual é a hora de colocar um ponto final. Independente de ser ou não ser o seu estilo de livro preferido, essa é uma leitura importante. Nem que seja só pra abrir os olhos, e talvez enxergar que mulheres ao seu redor podem estar caladas, mas precisando de ajuda. Link: https://amzn.to/3W9uKm1
- Para Educar Crianças Feministas - Chimananda Ngozi Adichie
“Aí, a Branca de Neve jogou todas as maçãs no dragão.” Toda noite, para colocar a minha pequena pra dormir, conto uma história. Geralmente começa com a princesa dançando ballet com a Barbie, ficando bem cansada, aí jantando tudinho, tomando um banho bem gostoso e um depois um “gutchi” para dormir. A história vai sendo interrompida e novos personagens - da Patrulha Canina ao monstro verde gigante - vão aparecendo e sendo incorporados, numa constante tentativa da mamãe aqui de chegar à hora que estavam todos com muito, muito, muuuuuuuuito soninho. Pois bem, ontem apareceu um dragão no castelo onde as princesas estavam brincando. Mas não foi o príncipe que mandou o dragão embora. Foi a Branca de Neve que jogou “todas” as maçãs no dragão, e aí, a Let it Go congelou ele, e aí, a Fada Madrinha falou “salakadula”, e aí, e o dragão virou um gatinho bem bonzinho. Quase chorei. Lembrei (e resolvi reler) esse livro-manifesto da Chimananda (meu crush intelectual), no qual ela traz várias sugestões “Para Educar Crianças Feministas”. Algumas das que eu mais gostei: continue trabalhando, se isso te faz uma pessoa completa. Divida as responsabilidades com o pai - ele só não consegue amamentar. Quebre estereótipos e papéis de gênero. Ensine seus filhos a gostar de ler. Em uma das dicas, ela fala sobre linguagem, e sobre não chamar a sua filha de “princesa”, porque a palavra vem “carregada de pressupostos sobre a sua fragilidade”. Tendo a concordar. Mas morri de orgulho da minha “princesa”, que adora rosa, vestidos, sapatos, bolsas, e batom (nada disso ela aprendeu comigo), mas que sabe que a princesa também pode se defender do dragão, sem precisar de nenhum príncipe para salvá-la. Link: https://amzn.to/4d9mKrd
- Sejamos Todos Feministas - Chimananda Ngozie Adichie
Ela era agressiva e difícil. Quantas vezes você já viu uma mulher ser descrita como agressiva, quando ela estava apenas sendo assertiva? Ou viu as ideias de uma mulher serem ignoradas, só para ver um homem ser elogiado por uma ideia semelhante? E quantas vezes você já viu uma mulher se vestir de forma menos feminina, para ser levada a sério? Estas são apenas algumas das questões que Chimamanda Ngozi Adichie aborda no seu livro “Todos deveríamos ser feministas”, baseado na sua palestra de 2012 no TedxEuston. Conversas sobre gênero são difíceis. A palavra feminismo vem com uma bagagem tão pesada, que ela brinca que a certa altura teve que se definir como uma 'feminista africana feliz que não odeia os homens e que gosta de usar brilho labial e salto alto para si mesma e não para os homens' , para tentar remover o peso negativo da palavra “feminista”. “O problema do gênero é que ele prescreve como deveríamos ser, em vez de reconhecer como somos.” O livro traz diversas lições, mas, relendo-o agora, como mãe de uma menina, há uma que realmente me impressionou: como meninos e meninas são criados de forma diferente. Os meninos deveriam ser fortes e destemidos; as meninas devem ser “agradáveis” – o que significa que elas não podem discordar ou serão taxadas de agressivas. "Se você é mulher, não deve expressar raiva, porque é ameaçador." As meninas não deveriam falar abertamente. As meninas não deveriam dizer o que pensam. As meninas não deveriam ter muita ambição. As meninas não deveriam ter muito sucesso. Existem muitas coisas que as meninas “não deveriam fazer”. Não consigo aceitar isso. Quero que minha filha cresça em um mundo onde haja tantas mulheres quanto homens sendo cientistas e CEOs. Quero que ela se sinta tão confortável e confiante com saias, saltos ou sapatilhas de ballet, quanto fazendo mountain bike ou escalada. Quero que ela possa ser o que ela quiser. E que, quando ela crescer, não precisemos falar de feminismo, porque seremos todas feministas. “Feminista: pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica dos sexos.” PS: Publiquei esse texto aqui no LinkedIn a primeira vez em junho de 2021, em inglês. Reli o livro esses dias e pensei em escrever de novo sobre ele. Mas lendo meu primeiro texto, não mudaria nada. Link: https://amzn.to/3JAG8zC
- O Poder do Hábito - Charles Duhigg
Acho que nunca li um livro sobre hábitos que não citasse esse aqui. O Poder do Hábito, de Charles Duhigg, é um clássico dentro do gênero de auto-ajuda. E de fato, como auto-ajuda, o livro apresenta diversos conceitos interessantes, como o “loop do hábito” (o famoso gatilho, rotina e recompensa), padrões neurológicos e a reprogramação de rotinas automáticas (para poupar energia mental), e a importância da autodisciplina e da força de vontade. Agora o que esse livro tem de mais interessante - e que a maior parte dos outros não traz - é a importância dos hábitos dentro das organizações, e como esses fazem parte da cultura de uma empresa - e impactam diretamente os resultados. Hábitos organizacionais são regras tácitas de quem decide ou pode fazer alguma coisa. Geralmente, não estão escritos em lugar nenhum - mas quem está dentro da organização acaba aprendendo rápido como as coisas funcionam. Executivos da alta liderança brigando pelo poder, fornecedores “intocáveis”, divisões que não se comunicam por medo de “invadir o território alheio”, departamentos que competem por recursos e sabotam uns aos outros - alguém falou branding vs performance?. Do metrô de Londres até a NASA, são vários os exemplos que o autor traz para ilustrar. E isso porque o livro foi escrito muito antes de The Morning Show! O autor cita também hábitos organizacionais que têm impactos positivos. A cultura de qualidade do atendimento na Starbucks é um ótimo exemplo de um valor da empresa que (pelo menos segundo o autor) se sobrepõe a todo o resto. Mas chega de spoilers. Esse é um livro que realmente vale a pena para quem gosta de entender sobre culturas corporativas. E se servir também como inspiração para mudança de algum hábito na sua vida, é uma ótima recompensa! #hábitos #livros #culturaorganizacional #psicologia #marketing Link: https://amzn.to/3vVGePq
- Todo Mundo Mente - Seth Stephens-Davidowitz
Que tudo que a gente olha nas redes sociais está sendo traqueado, e que nossos celulares estão nos ouvindo o tempo todo, não é novidade pra ninguém. Mas o quanto as Big Techs sabem sobre a gente é realmente assustador - não só como indivíduos, mas também como sociedade. No livro “Todo Mundo Mente”, Seth Stephens-Davidowitz explora como os dados sobre o comportamento humano online podem nos ajudar a entender melhor a nossa cultura - e questionar algumas coisas que pensamos ser verdades sobre os valores e comportamentos dos tempos atuais. Na média, um ser humano produz 2.5 milhões de trilhões de bytes todos os dias - e cada um desses bytes é um pedaço de informação sobre quem está por trás do computador ou do celular. Agora mesmo, o Google mesmo está descobrindo que não sei quantos zeros tem nesse número - e vai saber se você pesquisou ou não antes de comentar quantos são no post. Agora, porque a tal Big data é tão importante? Pra começar, são tipos de dados que nunca existiram antes. Em pesquisas tradicionais, as pessoas podem mentir - mas o que elas fazem online, ainda que sob IPs mascarados ou em navegadores que prometem não deixar rastros, está sendo registrado por alguém. O volume de dados permite ainda que se analisem os comportamentos de subconjuntos de pessoas, e até mesmo fazer experimentos causais, os famosos A/B tests. Você acha mesmo que nunca foi parte de nenhum? O livro explora diversos aspectos da economia comportamental - desde como o que postamos nas mídias sociais revela nossos desejos e inseguranças, até como o que pesquisamos em sites de busca revela sobre preconceitos e estereótipos que ainda temos, mesmo que não os contamos para ninguém. Vale testar uma busca começando com “é normal…” ou então “porque as pessoas…” para descobrir o que as pessoas mais têm buscado… Para finalizar o post, repito a reflexão que o autor faz no livro: de acordo com dados de citações de livros feitas por leitores, poucas pessoas chegarão até o final da leitura. Então nem vou me preocupar com a conclusão. Link: https://amzn.to/4b9d9i7
- Roube como um Artista - Austin Kleon
“Quando as pessoas dão conselhos, estão de fato apenas conversando com elas mesmas no passado.” Esse é um daqueles livros gostosinhos de ler, pra deixar na mesinha de cabeceira ou do lado do computador, pra quando o cérebro dá aquela travada e você precisa de umas sinapses! São dez dicas sobre criatividade, que o autor Austin Klein aprofunda com fotos e imagens divertidas. Algumas delas vocês já devem ter visto por aí, seja no Caminho do Artista ou em cursos de Psicologia Positiva ou Design Thinking - quem nunca ouviu que Criatividade é Subtração? Ainda assim, vala a leitura - talvez seja o empurrãozinho que você precisa para tirar (ou colocar!) algo no papel. E se tiver que escolher um só conselho do livro para quem me lê aqui (e para mim mesma no passado!) deixo esse: “Não deixe seus desejos desassistidos!” #livros #dicadeleitura #roubecomoumartista link: https://amzn.to/3waO2gb
- Do que eu falo quando eu falo de corrida - Haruki Murakami
Para seguir em frente, é preciso manter o ritmo. Todo mundo que já fez uma prova de corrida de longa distância sabe. Na ânsia de melhorar o tempo ou de passar logo a massa de corredores, aceleramos o passo - e ficamos cansados no meio do caminho, prejudicando nosso desempenho final na prova. Já fiz algumas meia-maratonas, e aprendi na marra (e na dor) que não dá para manter o ritmo das corridas de 5 ou 10k. É assim na corrida; acho que é também assim na vida. Essa é só uma (das muitas!) reflexões que fiz após ler “Do que eu falo quando eu falo de corrida”, de Haruki Murakami. O livro é uma coleção de curtos ensaios, quase um livro de memórias, sobre o significado da corrida na vida do autor. São diversos os paralelos que ele traça entre a disciplina, a concentração e a perseverança que são exigidos tanto para correr longas distâncias, quanto para escrever um romance - ou qualquer outro projeto de longo prazo. Ganhei de presente de uma amiga tão leitora (e muito mais corredora!) do que eu, e recomendo a leitura não só para corredores, mas para qualquer um em busca de inspiração para um projeto de “longa distância” nesse ano que começa! PS: A foto com medalhas é pra matar a saudade de quando eu ainda corria meias por aí! Link: https://amzn.to/49TY03p

















