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O Poder da Empatia - Roman Krznaric

Atualizado: 30 de abr. de 2024


Eu tive uma gravidez tranquila, sem muitos enjoos ou dores; minha neném crescendo saudável e conforme o esperado. Então, quando ela nasceu e precisou ir para a UTI, foi um grande susto. Ela passou cerca de 10 dias internada, com hipoglicemia e dificuldade para ganhar peso. Eu tive alta, ia e voltava do hospital todos os dias. Tirava leite para que ela pudesse mamar sem fazer muito esforço. E sofria a cada noite que chegava em casa sem a minha filha nos braços.


Um dia, no hospital, uma das outras mães da UTI me perguntou o que ela tinha. Eu contei, falei que estava lá há cerca de uma semana; que estava sendo muito difícil para a gente. Ela me olhou e disse: "Ah, você não é mãe de UTI de verdade. Eu estou aqui há dois meses, e não tenho previsão de quando meus gêmeos terão alta.". 


Fui para o lactário. Encontrei outra mãe, que também me perguntou há quanto tempo eu estava lá e o que a neném tinha. E - ouvindo exatamente a mesma história - ela me disse: "Nossa, deve estar sendo muito difícil pra você. Eu tive gêmeos, sabia desde o início da gravidez que eles ficariam internados por um tempo. Você não estava preparada para isso." 


Uma mesma situação, e duas atitudes tão diferentes.


Lembrei muito dessa história quando li "O poder da Empatia", de Roman Krznaric. Entre muitos aprendizados sobre o poder da empatia, um que me marcou foi sobre esse desejo narcísico de superar o outro.  


Não pretendo avaliar se a dor de uma mãe é maior ou menor que a outra. Até porque não acredito numa régua universal para medição da dor. 


Mas - independente do quanto já sofremos ou estamos sofrendo - sempre podemos ouvir com presença e empatia, nos concentrando nos sentimentos da outra pessoa, compreendendo as necessidades dela, sem precisar competir ou ganhar como "quem sofre mais". 


A história que divido aqui é pessoal, mas a lição vale para nossa vida corporativa também. Esse é um daqueles livros que todo líder deveria ler, para entender que cada ser humano é único, e merece ser ouvido e compreendido como tal.


 
 
 

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©2024 por Fernanda M Schmid

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